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Podcast
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Ainda-Não: Sociologia e Utopia

Em tempos de crise e de perplexidade, que utopias nos podem valer? Como seria uma sociedade mais justa? Que papel tem cada um/a de nós na sua construção? Partindo do conceito de Ernst Bloch - "ainda-não" - conversamos com sociólogos e sociólogas em torno de propostas concretas para um mundo melhor. Podcast do IS-UP, a partir de conversas conduzidas pela investigadora Inês Barbosa. Trabalho financiado pela FCT no âmbito do Projeto UIDB/00727/2020.

 

9. Manuel Sarmento

Manuel Sarmento é professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade do Minho e uma das referências mais importantes da Sociologia da Infância, dedicando grande parte da sua pesquisa ao estudo das identidades e culturas infantis. Nesta conversa, reforça a dimensão política da participação, evocando movimentos coletivos de crianças em várias partes do globo. Salienta também as lacunas que persistem na garantia de direitos plenos às crianças, evocando a necessidade de políticas públicas integradas que contem com o seu envolvimento efetivo.

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8. Lígia Ferro

Lígia Ferro é professora auxiliar do Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e investigadora do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, tendo sido recentemente eleita presidente da Associação Europeia de Sociologia. Neste episódio reflete sobre algumas das suas inquietações: o impacto da pandemia no aprofundamento das desigualdades sociais; a crise de confiança na ciência e nas instituições políticas; a falta de autonomia das crianças na vivência da cidade ou o desinvestimento na educação artística nos currículos formais e informais.

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7. Carlos Manuel Gonçalves

Carlos Manuel Gonçalves é professor catedrático da FLUP e investigador do IS-UP, dedicando grande parte da sua pesquisa ao estudo das profissões, do emprego e dos processos de transição dos diplomados universitários para o mundo do trabalho. Fez parte das primeiras “fornadas” de sociólogos/as formados na Universidade no pós 25 de Abril. Neste episódio, evidencia preocupações com o rumo que a sociologia tem tomado e com o papel que ela pode ter nas sociedades contemporâneas. No seu entender, utopia e sociologia encontram-se na possibilidade de permitirem uma análise e compreensão crítica das realidades, articulada com a definição de propostas concretas de transformação social.

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6. Sara Araújo

Sara Araújo é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professora auxiliar convidada na Faculdade de Economia da mesma universidade. É co-coordenadora do Programa de Doutoramento em “Sociology of the State, Law and Justice” e da Escola de Verão das Epistemologias do Sul. Neste episódio expressa a sua preocupação com as várias dimensões do individualismo que, no seu entender, inibem as possibilidades de transformação social. Vê na utopia um verbo, uma forma de esboçar alternativas concretas, em diálogo com outras formas de pensar o mundo e a partir das experiências dos grupos oprimidos e dos movimentos sociais. 

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5. João Queirós

João Queirós é investigador do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto e professor adjunto na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Grande parte da sua pesquisa tem-se centrado no estudo das transformações urbanas, das políticas de habitação e das desigualdades sociais nas suas múltiplas dimensões. Neste programa fala-nos de algumas das suas inquietações e do papel que a sociologia tem tido na clarificação, desconstrução e desmistificação das sucessivas crises económicas, sociais e políticas das últimas décadas.

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4. Sofia Cruz

A convidada deste programa é Sofia Cruz, professora da Faculdade de Economia e investigadora integrada do IS-UP que desenvolve pesquisa na área da sociologia das organizações, do trabalho, dos grupos profissionais e do comportamento organizacional. Nesta conversa expõe as suas preocupações – mas também as suas expetativas – relativamente às transformações do mundo do trabalho, focando-se em particular no conceito de Trabalho Digno, enquadrado no 8.º objetivo da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. 

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Sons Perdidos e Achados

Este podcast, coordenado pela investigadora do IS-UP, Paula Guerra, é um espaço de participação cidadã de músicos e músicas da cidade do Porto - e de todo o país - que, através da opção pela liberdade criativa, todos os dias reinventam os nossos quotidianos através das possibilidades de realização, de liberdade e de resistência oferecidas pelo trabalho artístico dos sons e das palavras. Parceiros: KISMIF Conference, CITCEM, IS-UP.

5. Vítor Rua (os anos do rock)

Vítor Rua nasceu em Mesão Frio em 1961. Em 1980, no Porto, funda o grupo rock GNR. Em 1982 cria, com Jorge Lima Barreto, os TELECTU, grupo de música improvisada e eletroacústica live. Dele se disse: “a sua obra reflete um trabalho de recorte pós-moderno, preliminar, variegado, de recusa empirista da confinação cultural, laivo nas fronteiras estilísticas e ideoletais”. Tido como o Zappa português, Vítor sempre recusou classificações, pois não é fácil categorizá-lo. Do rock ao jazz, da improvisada à contemporânea, dos GNR aos TELECTU, mas igualmente a solo, é uma personagem singular na música portuguesa aberta à mistura, ao hibridismo, à velocidade, ao cosmopolitismo, à vertigem. À semelhança de Zappa, o humor e a ironia utilizados para comentar a contemporaneidade desempenham um papel importante na sua postura enquanto músico e compositor.

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4. Vítor Rua

Músico multifacetado e prolífico, Vítor Rua obriga a uma entrevista em duas partes: na segunda, Paula Guerra trocará palavras com a persona rock de Vítor Rua; nesta primeira, Paulo Gusmão Guedes tenta abordar a sua produção na área da música contemporânea, improvisada ou escrita, incluindo expressões pós-rock ou pós-jazz, palavras convenientes para (não) descrever uma música que tem o seu quê de indescritível. Por isso mesmo, citam-se e ligam-se abaixo (Spotify ou Youtube), na mesma ordem em que são abordadas na entrevista, as obras que Vítor Rua escolhe para representarem momentos-chave da sua carreira, assim como outras de que é autor e que vai referindo ao longo de uma conversa que é tudo menos linear, e também por isso mais interessante. Como de outras músicas também se fala – de Toy e Hildegarda de Bingen, Stockhausen e Monk, Zappa e Zorn, Vangelis e Terterian – aproveita-se ainda para incluir ligações a obras destes dois últimos que suscitam rasgados elogios de Vítor Rua.

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3. Victor Torpedo

Victor Torpedo – também conhecido por Victor Silveira, Victor Clash, Vitinho, o espanholito da Sé Velha de Coimbra – nasceu em 1972 em Coimbra. A partir dos 14 foi só punk, rock’n’roll e rockabilly, primeiro com Paulo Eno e os Objectos Perdidos, depois outro Paulo e os Tédio Boys, Subway Riders, 77 e os épicos The Parkinsons. “Sou como o Lou Reed, trabalhou meio dia e desistiu”, disse. Acabou de lançar, em março de 2021, o quinto álbum a solo intitulado “Punk/Pop and Soft Rage” pela Lux Records. Chegou a chamar casa a Inglaterra, sentiu na pele a London Calling, mas voltou a Coimbra para estar “com o gangue”. Pintor e boxista nas horas vagas, Torpedo – como o herói da banda desenhada – assume que gosta de tudo olhos nos olhos, não gosta de atuações online, prefere a presença carnal da música. Para Victor, o “punk é mais do que só uma mera referência musical ou só uma estrada musical, são várias. Para mim o punk é multiplicação, diversidade e liberdade.”

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2. Tó Trips

Tó Trips nasceu em Lisboa, na freguesia do Castelo, em 1966, estando registado em Benfica, onde morou durante a sua infância e juventude, numa rua entre a Praça de Espanha e Sete Rios. Tó tem o rock’n’roll incorporado desde muito cedo, muito por causa do Rock Rendez Vous e do Johnny Guitar. Tó Trips é, manifestamente, um dos músicos portugueses mais interessantes das últimas décadas. Começou nos anos 1980 com os Amen Sacristi e participou nos Santa Maria Gasolina em Teu Ventre!; nos anos 1990, viveu intensamente os Lulu Blind; nos anos 2000, do encontro feliz com Pedro Gonçalves criou os Dead Combo, participou nos Ladrões do Tempo e tem feito constantes incursões a solo. Conversar com o Tó Trips é fazer uma viagem ao Portugal contemporâneo com paragens no punk/hardcore, na no-wave, no jazz, na guitarra de Carlos Paredes, no noise, na world music. É também fazer uma viagem pelo mundo (do rock), não só pelos seus sons, mas pelas suas imagens, artefactos, cenários.

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1. Paulo Furtado, The Legendary Tigerman

Nascido em Moçambique há 50 anos, Paulo Furtado deu-se a conhecer com os Tédio Boys nos anos 1990. Com o final da banda, fundou, em 2000, os Wraygunn e em 2002 estreou-se a solo, como The Legendary Tigerman. Paulo tem vários mundos e várias artes dentro de si. É compositor de bandas sonoras. É um apaixonado pela fotografia. Produziu inúmeras canções para cinema, tendo-lhe sido atribuído por duas vezes o Prémio Sophia para melhor banda sonora original. Depois de iniciar as conversas com este homem-mundo em 2008, voltamos agora a conversar com o Tigre – neste momento marcante de crise pandémica global – e fomos muito para além do blues.

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