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Ainda-Não: Sociologia e Utopia

Em tempos de crise e de perplexidade, que utopias nos podem valer? Como seria uma sociedade mais justa? Que papel tem cada um/a de nós na sua construção? Partindo do conceito de Ernst Bloch - "ainda-não" - conversamos com sociólogos e sociólogas em torno de propostas concretas para um mundo melhor. Podcast do IS-UP, a partir de conversas conduzidas pela investigadora Inês Barbosa. Trabalho financiado pela FCT no âmbito do Projeto UIDB/00727/2020.

 

9. Manuel Sarmento

Manuel Sarmento é professor catedrático do Instituto de Educação da Universidade do Minho e uma das referências mais importantes da Sociologia da Infância, dedicando grande parte da sua pesquisa ao estudo das identidades e culturas infantis. Nesta conversa, reforça a dimensão política da participação, evocando movimentos coletivos de crianças em várias partes do globo. Salienta também as lacunas que persistem na garantia de direitos plenos às crianças, evocando a necessidade de políticas públicas integradas que contem com o seu envolvimento efetivo.

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8. Lígia Ferro

Lígia Ferro é professora auxiliar do Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e investigadora do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, tendo sido recentemente eleita presidente da Associação Europeia de Sociologia. Neste episódio reflete sobre algumas das suas inquietações: o impacto da pandemia no aprofundamento das desigualdades sociais; a crise de confiança na ciência e nas instituições políticas; a falta de autonomia das crianças na vivência da cidade ou o desinvestimento na educação artística nos currículos formais e informais.

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3. Ricardo Gouveia

Ricardo Gouveia é polícia de segurança pública e sociólogo, tendo desenvolvido as suas pesquisas dentro dos estudos de género. Trabalhando na área da violência doméstica e nos programas da Escola Segura, reflete sobre a importância que a sociologia tem tido na intervenção que faz no terreno. Inquieta-se com o modo como a juventude acede e absorve a informação e também com a liberdade de expressão, um “bem precioso” que considera estar cada vez mais em risco.

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4. Sofia Cruz

A convidada deste programa é Sofia Cruz, professora da Faculdade de Economia e investigadora integrada do IS-UP que desenvolve pesquisa na área da sociologia das organizações, do trabalho, dos grupos profissionais e do comportamento organizacional. Nesta conversa expõe as suas preocupações – mas também as suas expetativas – relativamente às transformações do mundo do trabalho, focando-se em particular no conceito de Trabalho Digno, enquadrado no 8.º objetivo da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. 

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5. João Queirós

João Queirós é investigador do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto e professor adjunto na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Grande parte da sua pesquisa tem-se centrado no estudo das transformações urbanas, das políticas de habitação e das desigualdades sociais nas suas múltiplas dimensões. Neste programa fala-nos de algumas das suas inquietações e do papel que a sociologia tem tido na clarificação, desconstrução e desmistificação das sucessivas crises económicas, sociais e políticas das últimas décadas.

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1. João Teixeira Lopes

João Teixeira Lopes, coordenador do IS-UP e presidente da APS, fala-nos de algumas das suas inquietações: da pós-verdade, da fixação das identidades ou do confinamento das classes sociais. Refletindo sobre a necessidade de construir uma sociologia de síntese – capaz de estabelecer vasos comunicantes entre repertórios, sujeitos, opressões -, defende uma sociologia que não se limita à desocultação das realidades, contribuindo também para a transformação das mesmas.

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Sons Perdidos e Achados

Este podcast, coordenado pela investigadora do IS-UP, Paula Guerra, é um espaço de participação cidadã de músicos e músicas da cidade do Porto - e de todo o país - que, através da opção pela liberdade criativa, todos os dias reinventam os nossos quotidianos através das possibilidades de realização, de liberdade e de resistência oferecidas pelo trabalho artístico dos sons e das palavras. Parceiros: KISMIF Conference, CITCEM, IS-UP.

5. Vítor Rua (os anos do rock)

Vítor Rua nasceu em Mesão Frio em 1961. Em 1980, no Porto, funda o grupo rock GNR. Em 1982 cria, com Jorge Lima Barreto, os TELECTU, grupo de música improvisada e eletroacústica live. Dele se disse: “a sua obra reflete um trabalho de recorte pós-moderno, preliminar, variegado, de recusa empirista da confinação cultural, laivo nas fronteiras estilísticas e ideoletais”. Tido como o Zappa português, Vítor sempre recusou classificações, pois não é fácil categorizá-lo. Do rock ao jazz, da improvisada à contemporânea, dos GNR aos TELECTU, mas igualmente a solo, é uma personagem singular na música portuguesa aberta à mistura, ao hibridismo, à velocidade, ao cosmopolitismo, à vertigem. À semelhança de Zappa, o humor e a ironia utilizados para comentar a contemporaneidade desempenham um papel importante na sua postura enquanto músico e compositor.

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4. Vítor Rua

Músico multifacetado e prolífico, Vítor Rua obriga a uma entrevista em duas partes: na segunda, Paula Guerra trocará palavras com a persona rock de Vítor Rua; nesta primeira, Paulo Gusmão Guedes tenta abordar a sua produção na área da música contemporânea, improvisada ou escrita, incluindo expressões pós-rock ou pós-jazz, palavras convenientes para (não) descrever uma música que tem o seu quê de indescritível. Por isso mesmo, citam-se e ligam-se abaixo (Spotify ou Youtube), na mesma ordem em que são abordadas na entrevista, as obras que Vítor Rua escolhe para representarem momentos-chave da sua carreira, assim como outras de que é autor e que vai referindo ao longo de uma conversa que é tudo menos linear, e também por isso mais interessante. Como de outras músicas também se fala – de Toy e Hildegarda de Bingen, Stockhausen e Monk, Zappa e Zorn, Vangelis e Terterian – aproveita-se ainda para incluir ligações a obras destes dois últimos que suscitam rasgados elogios de Vítor Rua.

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1. Paulo Furtado, The Legendary Tigerman

Nascido em Moçambique há 50 anos, Paulo Furtado deu-se a conhecer com os Tédio Boys nos anos 1990. Com o final da banda, fundou, em 2000, os Wraygunn e em 2002 estreou-se a solo, como The Legendary Tigerman. Paulo tem vários mundos e várias artes dentro de si. É compositor de bandas sonoras. É um apaixonado pela fotografia. Produziu inúmeras canções para cinema, tendo-lhe sido atribuído por duas vezes o Prémio Sophia para melhor banda sonora original. Depois de iniciar as conversas com este homem-mundo em 2008, voltamos agora a conversar com o Tigre – neste momento marcante de crise pandémica global – e fomos muito para além do blues.

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2. Tó Trips

Tó Trips nasceu em Lisboa, na freguesia do Castelo, em 1966, estando registado em Benfica, onde morou durante a sua infância e juventude, numa rua entre a Praça de Espanha e Sete Rios. Tó tem o rock’n’roll incorporado desde muito cedo, muito por causa do Rock Rendez Vous e do Johnny Guitar. Tó Trips é, manifestamente, um dos músicos portugueses mais interessantes das últimas décadas. Começou nos anos 1980 com os Amen Sacristi e participou nos Santa Maria Gasolina em Teu Ventre!; nos anos 1990, viveu intensamente os Lulu Blind; nos anos 2000, do encontro feliz com Pedro Gonçalves criou os Dead Combo, participou nos Ladrões do Tempo e tem feito constantes incursões a solo. Conversar com o Tó Trips é fazer uma viagem ao Portugal contemporâneo com paragens no punk/hardcore, na no-wave, no jazz, na guitarra de Carlos Paredes, no noise, na world music. É também fazer uma viagem pelo mundo (do rock), não só pelos seus sons, mas pelas suas imagens, artefactos, cenários.

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3. Victor Torpedo

Victor Torpedo – também conhecido por Victor Silveira, Victor Clash, Vitinho, o espanholito da Sé Velha de Coimbra – nasceu em 1972 em Coimbra. A partir dos 14 foi só punk, rock’n’roll e rockabilly, primeiro com Paulo Eno e os Objectos Perdidos, depois outro Paulo e os Tédio Boys, Subway Riders, 77 e os épicos The Parkinsons. “Sou como o Lou Reed, trabalhou meio dia e desistiu”, disse. Acabou de lançar, em março de 2021, o quinto álbum a solo intitulado “Punk/Pop and Soft Rage” pela Lux Records. Chegou a chamar casa a Inglaterra, sentiu na pele a London Calling, mas voltou a Coimbra para estar “com o gangue”. Pintor e boxista nas horas vagas, Torpedo – como o herói da banda desenhada – assume que gosta de tudo olhos nos olhos, não gosta de atuações online, prefere a presença carnal da música. Para Victor, o “punk é mais do que só uma mera referência musical ou só uma estrada musical, são várias. Para mim o punk é multiplicação, diversidade e liberdade.”

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